"O universo expressivo de Lenice Weis não é aquele que existe na realidade aparente, cotidiana, que vivenciamos e observamos. É uma realidade interior, subjetiva, que nos leva ao âmago da vida, da imaginação, da criação. A imaginação cria imagem - um quadro - e nossa mente. A imaginação também acrescenta elementos a obra quase que completando a do artista; nos leva a criação. Não vou sugerir que a realidade nos leva as obras de Lenice, para não induzir o expectador, pois tenho certeza que o expectador que fará um diálogo com tais obras faz parte de um público específico, restrito, especial e não o público em geral.
A artista cria uma necessidade própria, em busca da sua verdade e o diálogo com o público é conseqüência. Isso nos faz perceber que para Lenice o ato criativo resulta num trabalho verdadeiro, de amor, fazendo com que sua arte adquira expressividade vibrante. O nascimento de uma experiência intensamente pessoal.
O universo expressivo de Lenice faz parte daqueles universos que somente poderão ser detectados e inventados pelo artista criador. É um mundo que está proximo da conclusão a que chegou certa vez Paul Klee, quando afirmou que "O único mundo possivel não seria o mundo em sua forma atual.""
Norberto Stori.
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